O Câmera Record deste domingo (7) mostra a luta dos profissionais do circo durante a pandemia do coronavírus. Sem público, eles buscam maneiras de manter o espetáculo vivo e alternativas para sobreviver. Um dos representantes da arte que espalha alegria pelo Brasil é o Circo Pindorama dos 7 anões, que tem uma estrutura de 1.200 metros quadrados, rodeada por ônibus, carretas e trailers, que servem como casa para quem fica tão pouco tempo parado. "O nosso máximo era 15 dias, quando estava dando um bom dinheiro", revela Charles, um dos donos do Pindorama.
Reprodução/Record TV
Mas há três meses, a trupe não pode sair da pequena Nossa Senhora das Dores, no interior do Sergipe. Arquibancada vazia. Picadeiro vazio. Quase nada ali lembra um circo. "O circo é feito para alegria, para explosão, todo mundo dando aquelas gargalhadas, mexendo com o palhaço. O circo não é pra ficar triste, abandonado", desabafa Cleide. São 45 pessoas que vivem no circo dos anões, a maioria da mesma família. Sem faturar há vários meses, o jeito é usar as economias, que já estão no fim, para pagar funcionários, além de depender de doações para alimentar todo esse pessoal. "Se não fosse o dono da padaria, nós não teríamos o que comer no café da manhã", acredita Charles.
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No Brasil, cerca de dois circos estão na corda bamba por causa das restrições impostas pela pandemia. Sem espetáculo, não tem dinheiro. E muitos dos 30.000 artistas populares se equilibram como podem para pagar as contas. Em São Paulo, Marlon teve de trocar de personagem. Guardou a fantasia de palhaço e vestiu a de vendedor de biscoito. "Estou vendendo biscoito para comprar mistura para casa. Comprar uma carne, ovo, frango", lamenta. Embora o momento seja de muitas incertezas, o espetáculo não pode parar.
Para garantir a sobrevivência do circo, o jeito é improvisar. Como a trupe de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que passou a fazer os espetáculos no estacionamento de um shopping da cidade. O drive-in não muda a situação financeira da equipe, mas já ajuda aqueles que pouco tempo atrás não tinham sequer um trocado. "A gente não tá ganhando muito coisa, mas dá um certo alívio", diz o palhaço Mario Cascão.
Veja no Câmera Record deste domingo (7), a partir das 23h15, na Record TV