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Câmera Record mostra crise na fronteira com a Venezuela
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Câmera Record mostra crise na fronteira com a Venezuela
Em duas edições inéditas, o programa revela o drama de venezuelanos que buscam por uma vida melhor no Brasil. Reportagem vai ao ar neste domingo (29), a partir das 23h15
OCâmera Record deste domingo (29) mostra o drama de milhares de venezuelanos forçados a abandonar casa e família no país para buscar uma vida melhor no Brasil. Serão duas edições inéditas dedicadas a uma das mais graves crises humanitárias do mundo
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No primeiro programa, os repórteres revelam os desafios que os imigrantes enfrentam para chegar ao Brasil, onde esperam encontrar trabalho, moradia e comida, além da possibilidade de enviar dinheiro à família que ficou na Venezuela
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Carlos e dezenas de compatriotas estão próximos da fronteira do Brasil com a Venezuela após percorrerem uma extenuante jornada à pé por estradas do seu país
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Foram dias e noites e centenas de quilômetros com as malas nas costas. Não há dinheiro e nem comida. Eles estão exauridos, desafiaram o próprio corpo em uma viagem que parece não ter fim. "Viemos trabalhar e dar comida aos nossos filhos", lamenta. O padeiro ficou sem trabalho em seu país, porque lá não se produz mais farinha
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Entretanto, ao cruzarem a fronteira dos dois países, eles se veem diante de outros percalços: como não há acolhimento para todos, os imigrantes são obrigados a viver nas ruas de algumas cidades de Roraima. As crianças ficam sem estudar e muitas mães vendem o próprio corpo para que os filhos não morram de fome
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Com o filho Matias no colo, de apenas um ano, Rudimari se lançou sozinha ao desconhecido território brasileiro. Ela também perambulou pelas rodovias antes de conseguir permissão para ficar no Brasil por dois meses. Largou o emprego como professora e a casa própria para tentar viver com menos sofrimento
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"É muito difícil! Mas a fome e a necessidade são ainda mais difíceis. É de partir a alma não pode estar com sua família, ter que deixar seu conforto e passar por uma calamidade, porque não tem como se manter lá", desabafa. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), por dia, pelo menos 500 imigrantes cruzam a fronteira para fugir da crise na Venezuela
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Os abrigos construídos pelas Forças Armadas e por organizações não-governamentais são um amparo para quatro mil venezuelanos em Boa Vista, capital de Roraima. Mas a multidão que chega todos os dias não encontra acolhimento. Homens, mulheres e crianças imigrantes se espalham por toda cidade
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Um censo feito entre maio e junho aponta que 25 mil imigrantes vivem hoje em Boa Vista, que tem 332 mil habitantes. Ao redor dos muros que cercam um dos abrigos, Ronald e as duas filhas esperam por vaga ou pela solidariedade de alguém. O pai solteiro trabalhava como taxista. Vendeu o carro, largou a família e veio para o Brasil pensando no futuro das meninas
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"Minhas filhas são tudo para mim. Estou buscando uma vida melhor para elas", conta. Ronald fica até três dias sem comer só para ter algo para alimentá-las. "Elas estão pedindo comida. Estão com fome. Vou sair para procurar alguma coisa", diz o pai
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Se homens enfrentam dificuldades, as mulheres venezuelanas passam por situações ainda mais difíceis. Muitas são mães solteiras que trazem a família inteira para o Brasil. Sem emprego, sem conseguir alimentar os filhos, tomam uma decisão extrema: rendem-se à prostituição nas ruas de Pacaraima, a primeira cidade do lado brasileiro, e de Boa Vista
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Nas ruas de Pacaraima, Vanessa cobra o que os clientes podem pagar. "Meu filho adoeceu, então, isso me fez vir para cá", revela. Ela tentou vender café nas ruas, mas a concorrência é grande
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Carolina nunca se prostituiu até dois meses atrás. Os pés castigados denunciam que a vida no Brasil não está nada fácil. "A gente não trabalhava assim na Venezuela. Mas tivemos que fazer isso por necessidade", justifica
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Não perca o Câmera Record deste domingo (29), logo após o Domingo Espetacular, na tela da Record TV