-
Gastou-se R$ 11 bilhões,
até agora, para viabilizar o maior projeto de ferrovias do país: a
Transnordestina. A estrada de ferro foi planejada para escoar produtos e
alavancar o desenvolvimento de uma das regiões mais pobres do Brasil. Mas por que
a ferrovia ainda não está pronta mesmo após investimentos bilionários? Saiba
todos os detalhes no Câmera Record
Divulgação/Record TV
-
Os repórteres Romeu
Piccoli, Henrique Beirangê e Michael Mendes percorreram quase 2 mil quilômetros
pelo sertão nordestino para mostrar os reflexos da obra inacabada na vida de milhares
de brasileiros, que viram a esperança tornar-se desilusão
Divulgação/Record TV
-
Durante dois anos e
meio, Odair trabalhou na empresa que fabricava os dormentes usados na
construção da ferrovia. Depois que as obras foram interrompidas, ele está
desempregado
Divulgação/Record TV
-
Hoje, a família mora
em casa emprestada pela mãe da esposa dele. O banheiro é precário, água nem
sempre tem. O casal e os dois filhos dividem o único quarto. Para sustentá-los,
Odair anda pelas ruas à procura de interessados pelo seu P.I.S., que não é
muito, apenas R$ 800, mas que ele pretende vender por R$ 300
Divulgação/Record TV
-
"Quando você
vê um filho pedindo o que comer, você vai na geladeira não tem nada, você vai
no armário e não tem nada...dá desespero", desabafa Odair
Divulgação/Record TV
-
A Transnordestina
foi pensada há mais de 200 anos, segundo o Tribunal de Contas da União. Mas só
em 2006 o projeto saiu do papel
Divulgação/Record TV
-
No começo previa-se
a utilização de 290 mil toneladas de trilhos. O suficiente para construir 40
Torres Eiffel. Agora, tudo está abandonado
Divulgação/Record TV
-
Odair aproveitou as sobras do que foi esquecido no meio do sertão para construir o barraco de madeira onde vive. Improviso para ter onde morar. Ganhava quatro salários mínimos quando trabalhava na ferrovia. Se mantém, agora, vendendo churrasquinho na rua. "Ainda corro
risco de ser despejado a qualquer hora", prevê ele, porque o terreno onde
levantou a "casa" é invadido
Divulgação/Record TV
-
Prevista para ter
1.753 quilômetros de extensão, a Transnordestina deveria cortar 81 cidades do
Nordeste, partindo de Eliseu Martins, no Piauí, em direção aos portos de Pecém,
no Ceará, e Suape, em Pernambuco
Divulgação/Record TV
-
Mas hoje o que se
vê são apenas trechos de ferrovia, que ligam nada a lugar nenhum
Divulgação/Record TV
-
Em um dos trechos,
nossa equipe se deparou também com situações bem inusitadas: como uma cerca de
arame farpado cravado no meio da estrada. O que dificultou a vida do sertanejo
Francisco
Divulgação/Record TV
-
"Prejuízo
terrível. Repartiu minha roça ao meio. De um lado, minha casa. Do outro, minhas
crias, além de separar a águas do bichos", diz seu Francisco, se referindo
ao rebanho de cabras
Divulgação/Record TV
-
A obra também provocou prejuízos em uma comunidade quilombola do
interior do Piauí. Para abrir caminho para a chegada da ferrovia, foram
necessárias várias explosões na região. Dona Sabina foi obrigada a se mudar. A cada dela veio abaixo por causa das dinamites. "Eu tive que me mudar. Não fosse meu filho, que mora em São Paulo e alugou uma casa pra mim, não teria onde ficar", conta dona Sabina
Divulgação/Record TV
-
De acordo com os quilombolas, a concessionária que controla a Transnordestina queria pagar
uma indenização de menos de R$ 6 por ter destruído a casa de dona Sabina. "Parecia piada
quando eu vi o documento", revela
Divulgação/Record TV
-
E mais: as histórias de quem se formou, deixou família e mudou de
estado só para trabalhar na Transnordestina e hoje vive de bicos. E o que
especialista e autoridades têm a dizer sobre a ferrovia
Divulgação/Record TV
-
Você não pode
perder!
Divulgação/Record TV
-
É exclusivo!
Divulgação/Record TV
-
Veja no Câmera Record deste domingo (19), logo depois do Domingo Espetacular
Divulgação/Record TV