No ano de 2005, durante o mês de julho, Londres, capital da Inglaterra, sofreu com uma onda de ataques terroristas nos transportes públicos. No dia 24, após ser confundido com um homem-bomba, o brasileiro Jean Charles de Menezes foi executado a tiros pela polícia britânica.
Depois de quase 11 anos da morte do brasileiro, o caso voltou à tona no Reino Unido. Isso porque o gerente da seleção britânica de hóquei, Andy Halliday, foi retirado da delegação que virá ao Rio de Janeiro para a disputa dos Jogos Olímpicos, pois fazia parte da equipe policial que executou Jean Charles na estação de metrô Stockwell, em Londres.
— Após uma recomendação, foi acordado que Andy não viajará ao Brasil como membro da equipe técnica de hóquei — afirmou a Confederação Britânica de Hóquei, órgão responsável pelo desenvolvimento do esporte, visando os Jogos Olímpicos.
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Por ser especialista em armas de fogo, Halliday trabalhou na unidade armada da Scotland Yard, polícia da cidade de Londres. Ainda segundo a confederação de hóquei, o gerente desempenhou um “papel periférico” na operação que culminou na morte de Jean Charles.
Ao Sunday Telegraph, o ex-policial afirmou estar decepcionado por não poder ir aos Jogos Olímpicos do Rio.
— Ao mesmo tempo que estou obviamente desapontado por não ir aos Jogos Olímpicos, sei desta decisão desde novembro e respeito o processo que foi seguido para tomá-la e a decisão em si.
Mesmo sem poder vir ao Rio, Halliday ainda continua trabalhando na preparação da equipe para a disputa dos Jogos.
— Andy continua a exercer seu papel como gerente e trabalha com o resto da equipe técnica para ajudar na preparação dos atletas para o evento — afirmou a Confederação Britânica de Hóquei.