Tony diz que não tem mágoa de Rogério Cadu
Antonio Chahestian/Record TVO chef baiano Tony garante que não foi o excesso de sal que o prejudicou no último desafio que enfrentou no Top Chef Brasil. “Existiram outros motivos que me fizeram ser o 7º eliminado. Quando revejo o episódio e vejo as avaliações dos outros participantes, inclusive os de ‘minha equipe’, tenho ainda mais certeza disso. Eu não entrei na competição para fazer menos do que eu fiz e nem lutar menos do que eu lutei para me manter até onde cheguei. O que eu posso dizer é que eu sei quem eu sou, de onde vim e onde cheguei com o mérito do meu próprio esforço. Nunca na vida precisei de privilégios para alcançar nenhuma meta. As pessoas que me conhecem sabem do meu valor como ser humano, pai de família e profissional guerreiro e lutador”, diz.
Tony não se arrepende de nada que fez ou falou durante o programa. “A única coisa que talvez tenha sido meu erro foi peitar dois dos participantes mais opressores e de pensamentos autocráticos pejorativamente. Na vida, eu nunca me acovardei, nunca me omiti diante de injustiça e sempre lutei pelo que acho certo”, comenta o chef, que reforça a sua meta: “Minha luta sempre foi dar voz aos menos favorecidos, os profissionais das refeições coletivas. Queria mostrar para o mundo que temos o mesmo valor e competência para disputar de igual para igual com qualquer outro profissional da área gastronômica, independentemente de eles terem experiência internacional”.
Estresse e amizade
O chef acredita que não há fórmula para lidar com o estresse em um confinamento: “Coisas insignificantes podem se tornar uma avalanche de tretas”, desabafa Tony.
Ele revela que não tem mágoa de Rogério Cadu e deseja que o participante com quem se desentendeu no confinamento seja feliz. “Ele é um garoto de 23 anos, quase a mesma idade de meu filho mais velho, que completa 18 anos. Desejo que ele seja muito feliz, próspero e realizado. Que suas orações sejam sempre cheias de boas intenções e tudo que voltar para ele e para sua família seja de muita luz”.
Relaxado após a saída do programa, Tony é só carinho e amizade. “Existem a algumas pessoas que eu senti um afeto especial e fiz o possível para que eles entendessem isso de maneira bem sutil, sem forçar barra. Se eles não perceberam é porque não me enxergaram com o coração. Amizade sem reciprocidade não passa de jogo de interesses. Comigo não existe meio termo, ou anda junto ou fala mal, fazer as duas coisas ao mesmo tempo fica muito feio”, avisa.
Planos para o futuro
Tony pretende mergulhar de cabeça no projeto Raízes Gastronômicas, de Carapicuíba (SP), e deixar seu legado para a cidade que o acolheu e ele escolheu para chamar de sua. “Tenho recebido muitas propostas de trabalho pelo Brasil inteiro e, finalmente, consegui parceria para abrir meu próprio restaurante, o que me deixa imensamente feliz e grato por ter participado do Top Chef Brasil. “A experiência que o Top Chef me trouxe foi algo que não tem preço. Eu me expus e recebi muitas críticas positivas. Mas, ao mesmo tempo, estou sendo visto por milhares de pessoas que se inspiram e me terão como referência de luta, resistência e determinação. Receber o carinho dessas pessoas já é muito gratificante”, conta o chef, para quem ter sido julgado por Felipe Bronze foi uma experiência incrível.
Sob o comando de Felipe Bronze, o Top Chef Brasil vai ao ar às quartas-feiras, às 22h50, na tela da Record TV.