A palmeirense Lindinalva e a corinthiana Ana Paula se reencontraram no Troca de Família desta quinta-feira (29) após 8 anos da experiência no reality show. Neste tempo, as duas perderam pessoas próximas pelo mesmo motivo: a violência no futebol
Lindinalva começou dizendo que perdeu dois conhecidos. Um deles a chamava de "mãe".
— Eu tive perdas onde eu fiquei muito triste. Eu perdi uma pessoa que era como se fosse meu filho. Eles [corinthianos] mesmos tiraram ele da gente. Só de falar, me entristece
Por causa deste triste acontecimento, Lindinalva achou que a bandeira da paz levantada durante o reality show foi em vão.
— Foi em vão porque, sinceramente, não vamos ser hipócritas. A rivalidade existe sim! Quando tem clássico, morre a cidade de São Paulo de uma forma que você não tem noção, principalmente quanto à segurança
Lindinalva perdeu contato com a família corinthiana, mas continuou falando com o filho de Herbert.
— Eu me apaixonei demais por esse menino [Leonardo], mas com as meninas eu não tenho muito contato. Eu posto foto, ele curte e comenta. Existe um elo entre eu e ele. Quando eu fui na quadra do Corinthians, ele me falou uma coisa que até hoje eu tenho: "Pra alguém jogar alguma coisa em você tem que fazer comigo também"
A vida de Ana Paula também mudou bastante. Ela não é mais primeira-dama da Gaviões da Fiel porque a gestão mudou.
— Logo que a gente gravou o programa, mudou a gestão e entrou um outro presidente. Mas continuo corinthiana, Gaviões da Fiel. Fiz um curso de vigilante e estou procurando trabalho no ramo
A corinthiana também teve uma triste perda por causa da violência no futebol.
— Torcida uniformizada acontece mesmo vários tipos de problemas. Todo mundo sabe disso! Eu tenho uma amiga que perdeu o filho dela morto à paulada. Ele não estava nem indo pro jogo, estava indo para uma festa. "Quinze manchas" pegaram ele e passaram a tatuagem dele no chão. Isso faz 8 meses, mas a mãe vive sofrendo como se ele tivesse morrido ontem
Por fim, as mães deixaram uma mensagem contra a violência no futebol.
— Quando eu entrei para fazer o Troca de Família foi um desafio porque a gente estava falando de torcida uniformizada. Então, foi muito bom mostrar que tem como conviver junto
— Só que infelizmente há vândalos no meio da torcida... Eu gostaria que as pessoas tivessem mais amor no coração, Deus no coração. Que antes de bater ou matar alguém, pensasse no seu filho, na sua mãe, no seu pai em casa
