A defesa da ex-deputada Flodelis convocou o perito Sami El-Jundi para falar, durante o julgamento, sobre as afirmações feitas por testemunhas de acusação de que Anderson do Carmo havia sido envenenado. Segundo o especialista forense, nunca existiu "nenhuma característica que fizesse pensar em envenenamento".
El-Jundi também criticou alguns pontos do laudo de necropsia, principalmente sobre a quantidade de disparos que teriam sido feitos contra Anderson. "As fotografias deixam claro que não foram 30 tiros."
O perito já havia sido convocado pela defesa do ex-vereador Jairinho para falar durante a audiência de instrução da morte de Henry Borel. Na ocasião, ele também contestou o laudo de necropsia do menino, e chamou atenção para "a pobreza de elementos descritivos" no documento. Ele afirmou ainda que elementos foram adicionados em laudos complementares.
Sem previsão para término, o julgamento, que começou na segunda-feira (7), pode avançar para o fim de semana.
Inicialmente, a expectativa era de que a sessão durasse dois dias. No entanto, ao menos 30 pessoas foram convocadas a depor, e as testemunhas deram longos depoimentos até agora.
Nesta sexta-feira (11), três testemunhas de defesa foram dispensadas, restando sete a serem ouvidas. As próximas etapas do julgamento incluem ainda interrogatório dos réus, e, depois, a manifestação dos representantes de acusação e defesa.