Beijos roubados, cantadas desrespeitosas e contato físico não consentido: tudo isso já aconteceu em bloquinhos de rua no período carnavalesco. Vale ressaltar que todas essas ações podem ser consideradas crimes de importunação sexual. O Balanço Geral Manhã desta terça (21) traz comentários de mulheres que passam uma vida tentando se proteger desse tipo de violência
"Acho que você não tem reação. A primeira coisa a se fazer é se afastar porque você não sabe de onde a pessoa veio", disse essa foliã em meio às ruas de São Paulo. Sua amiga, que estava ao lado, completou: "Você fica constrangida e tem que pedir socorro muitas vezes", disse.
A empresária Brendy Ramos também comenta sobre o desrespeito que ocorre nos bloquinhos de Carnaval: "Só porque é Carnaval a pessoa acha que tem o direito de desrespeitar a mulher, e não é bem assim. Tem que ter a palavra respeito. Nós mulheres temos que nos impor, chamar atenção e colocar eles no seu devido lugar", disse.
Uma das entrevistadas nas ruas de São Paulo fala sobre a importância da conscientização: "Eu acho que é importante a gente falar sobre o tema e promover campanhas de conscientização para as pessoas saberem que não é normal o cara ficar passando a mão e te assediando", disse.
Essa outra foliã diz que tem que tentar se proteger da melhor forma, ficar sempre junto das amigas, uma protegendo a outra. "Se chegar alguém, dá um empurrão e sai de perto", disse.
A lei que caracteriza importunação sexual está em vigor desde 2018 e inclui toques inapropriados e beijos roubados, podendo levar até cinco anos de prisão. Se a situação agravar, a pessoa pode responder por estupro, levando até 20 anos de prisão. Caso a vítima esteja embriagada, a pena pode ser de até 30 anos, por vulnerabilidade. "Não é não, e é sobre isso, eles têm que respeitar", disse essa outra entrevistada pela equipe da Record TV.