Câmera Record Equipe do Câmera Record viaja a bordo do único barco que chega à comunidades isoladas na tríplice fronteira

Equipe do Câmera Record viaja a bordo do único barco que chega à comunidades isoladas na tríplice fronteira

Programa deste domingo (13) vai mostrar a história de passageiros e comerciantes do barco Aquidaban; acompanhe

A equipe viaja a bordo do único barco que chega à comunidades isoladas

A equipe viaja a bordo do único barco que chega à comunidades isoladas

Divulgação/RecordTV

Neste domingo (13), o Câmera Record fará uma viagem a bordo do único barco que chega à comunidades isoladas na tríplice fronteira.

Um gigante de 40 metros de comprimento, seis de largura e capaz de transportar 20 toneladas de carga. Há 40 anos, o Aquidaban percorre cerca de 300 quilômetros pelas águas barrentas do Rio Paraguai para chegar às regiões mais isoladas do país vizinho. Reúne comerciantes que vendem de tudo um pouco e ribeirinhos em busca do básico para sobreviver.

"Há passageiros que vão para o trabalho ou para suas casas. E tem os vendedores que levam coisas para comer, porque as pessoas compram ali", diz Elias Riquelme, dono do barco.

Durante os três dias de viagem pela fronteira Brasil-Paraguai-Bolívia, a equipe do Câmera Record conhece histórias de gente simples, como Sady Pereira. Ela herdou da mãe uma vaga de comerciante no Aquidaban. Toda semana, gasta R$ 950 para colocar frutas, brinquedos e roupas à venda no barco, mas nem sempre tem lucro.

"Às vezes, ficam 'elas por elas'. Não tenho outro trabalho, mas, se eu paro, o que vai ser de nós?", diz Sady.

No dia em que a equipe visitou a casa de Sady, havia apenas farinha de mandioca e pimenta na dispensa. O almoço foi só macarrão e eles não sabiam se conseguiriam jantar. O marido dela está desempregado, o filho trabalha como tratorista em uma fazenda, mas o contrato temporário está prestes a acabar.

"Não posso fazer nada. Não tenho estudo, não tenho nada", lamenta Carlos, filho de Sady.

O Aquidaban também é a única opção para os indígenas Tomaharu. No barco, a equipe de reportagem conhece Griselda, indígena que viaja com os três filhos e grávida do quarto. Todos dormem no chão e nos bancos da embarcação, já que não têm dinheiro para pagar por um camarote.

Mesmo passando apenas uma vez na semana, o Gigante das Águas é o único transporte disponível para que Griselda consiga fazer as consultas do pré-natal na cidade de Fuerte Olimpo. O Aquidaban também será a única opção quando chegar a hora do parto.

"Aqui, se você precisa sair, tem que ter canoa para qualquer coisa. Se você não tem, então você não é nada. Porque é isolado," lamenta a indígena.

E mais: a equipe fica frente a frente com os moradores mais temidos do Rio Paraguai. Os jacarés dão as caras mesmo perto das maiores cidades da região.

O Câmera Record vai ao ar neste domingo (13), logo após o Domingo Espetacular.

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