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Assassino de Dorothy Stang relembra últimas palavras da missionária
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Assassino de Dorothy Stang relembra últimas palavras da missionária
Em entrevista exclusiva ao Câmera Record, Rayfran afirma que agiu por conta própria e que não foi contratado por ninguém, embora a polícia conteste a versão do rapaz
O Câmera Record desta quinta (22) mostra uma entrevista exclusiva com Rayfran das Neves Sales, o pistoleiro que matou Dorothy Stang em 2005, em Anapu, no Pará. Pela primeira vez, Rayfran responde as perguntas sobre suas motivações para o assassinato da ativista
Reprodução/Record TV
De acordo com o juiz, que o condenou a 25 anos de prisão pelo crime, Rayfran deu um tiro na região abdominal de Dorothy. Em seguida, quando ela já estava no chão, atirou na nuca e deu mais quatro tiros nas costas. Ele explicou a ação para a repórter: "Ela tirou a Bíblia da bolsa e disse 'a minha defesa é esta'. Nessa hora eu me senti ameaçado. Então, eu atirei nela", assume
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Para a justiça do Pará, formou-se um consórcio para assassinar a missionária. Rayfran foi o pistoleiro que sujou as mãos de sangue. Ao lado dele, no dia do crime, estava Clodoaldo Batista, condenado a 17 anos de cadeia. Ambos receberiam 50 mil reais pela morte de Dorothy. Esse dinheiro nunca foi pago
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Segundo as autoridades, Almair Feijoli da Cunha intermediou o assassinato. Pegou 18 anos, mas já está em liberdade. Ele era o elo entre dois pistoleiros e os dois mandantes, que, segundo a Justiça, são Vitalmiro Bastos de Moura e Regivaldo Galvão
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Rayfran refuta a decisão da justiça e questiona o resultado do julgamento. "Não teve mandante, eu fiz tudo sozinho", garante. Autoridades envolvidas no caso e ouvidas pelo programa afirmam que não se pode confiar em tudo que Rayfran diz. Já mudou várias vezes o seu depoimento e versões sobre o crime
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A produção também revela, em detalhes, os interesses por trás da morte de Dorothy e por que o assassinato foi encomendado. Na entrevista, Rayfran conta também os motivos que o levaram a se envolver com outras duas execuções e tráfico de drogas. Além de abrir o jogo sobre a infância pobre e o abandono dos pais quando ainda era um menino.
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Os repórteres voltam a Anapu para investigar se a morte de Dorothy Stang mudou algo por lá, mas o que encontra é um cenário ainda mais preocupante: os confrontos, pistolagem e derramamento de sangue aumentaram
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De acordo com o Greenpeace, em 2017, 65 mortes no campo foram notificadas. Só no sul do Pará, foram 21 mortes por conflitos de terra
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O Câmera Record vai ao ar nesta quinta (22), a partir das 22h30. Não perca!