No dia 11 de janeiro de 2011, as cidades de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, localizadas na região serrana do Rio de Janeiro, foram atingidas por fortes chuvas
Alan Ferreira tinha apenas 9 anos quando a tragédia aconteceu e foi uma das centenas de pessoas que perderam toda a família. Sua mãe, pai e a irmã continuam desaparecidos
Reprodução/ Record TV
Ele relembra a tragédia e não esquece a imagem de seus pais pedindo socorro, também fala que o primeiro andar da casa onde moravam ficou inundado e o carro da família com lama. Após isso, Alan disse que se viu soterrado e apenas com a cabeça para fora da lama. O jovem foi levado para o médico por vizinhos e descobriu que a família estava morta pela falta de respostas sobre onde estavam
Reprodução/ Record TV
Da antiga casa, a única coisa que sobrou foi uma caixa com uma carteira e fotos da família. Sempre que precisa tomar uma decisão importante, Alan costuma recorrer a essa caixa. Agora, ele pretende se tornar piloto e ir para a Escócia fazer trabalho voluntário, o que também o ajudaria a se manter afastado das lembranças
Na época em que o jornalista da Record TV, Eduardo Ribeiro, fez a cobertura da tragédia, chegou a encontrar uma família que estava sem comunicação há uma semana. Ele mostrou a situação daquelas pessoas e com a ajuda de um helicóptero conseguiu salvá-las
Ana Luiza Coelho, pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), já alertou sobre os perigos das encostas. De acordo com pesquisas, 24% da população que morava nos locais da tragédia continua vivendo em áreas de risco