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Após meses de negociação, o Cidade Alerta entrevistou com exclusividade a jovem que ficou conhecida como "Gatinha do Pix", Nayara dos Santos Sousa, de 23 anos, que está presa há cinco meses no Centro Feminino de Detenção Provisória de Franco da Rocha, na Grande São Paulo. Ela está sendo acusada por roubo, extorsão e organização criminosa. Confira
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A primeira acusação contra Nayara partiu de uma professora que foi sequestrada em março deste ano. Ela e outras duas vítimas — todas sem identificação por segurança — ficaram presas em um cativeiro na comunidade de Adriana, Itaquaquecetuba (SP), por três horas e meia
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Uma denúncia anônima levou a Polícia Militar até o local e resultou na libertação das vítimas. Contudo, os criminosos conseguiram fugir. Já na delegacia, a professora reconheceu os membros da quadrilha
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A educadora alegou que Alan, Arthur e Luan foram responsáveis pela abordagem e rapto. Alan era quem pegava o celular das vítimas e fazia transferências bancárias para Kaiky, um outro membro da gangue
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Daniel era o mais violento de todos e quem coagia as reféns. Já, Nayara e J.P., que é menor de idade, ficavam responsáveis pela vigília e faziam pressão psicológica. No entanto, a Gatinha do Pix desmente a fala da professora: "Eu não conheço nenhum desses meninos", disse.
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Nayara também questiona o método de reconhecimento utilizado: "Ela nem me viu. Dizem que [ela me reconheceu] por foto".
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A defesa alega que Nayara estava em um sítio com amigas no dia em que o sequestro aconteceu e tenta provar por meio de fotos que foram tiradas na mesma data. Segundo o perito criminal que analisou as imagens, existem vários programas que permitem modificar datas e horários de arquivos, mas também não descartou a possível veracidade
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No entanto, dois dias depois do rapto, Nayara se envolveu em outra polêmica. Ela foi flagrada pela polícia em um carro que havia sido roubado
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Ela diz que só pegou carona com os rapazes que conheceu no mesmo dia, mas que não tinha conhecimento do crime
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"Eu conheci os meninos no baile", explicou Nayara ao ser questionada sobre envolvimento com rapazes da quadrilha. "[Quando a polícia chegou] eles deram fuga e falaram que o carro era roubado. Eu fiquei e cooperei".
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Agora, depois de cinco meses encarcerada, ela tenta provar que não é culpada. "Alego inocência até final", e acrescenta: "Não é certo uma pessoa estar presa por uma coisa que não fez. Não é justo".
O Cidade Alerta vai ao ar de segunda a sexta, às 16h45, e aos sábados, 17h, na tela da Record TV.