Para muita gente, o ano novo só começa bem se for na praia, com sol, água fresca e banho de mar. Só que esse jeito bem brasileiro de se despedir do ano velho fez muita gente começar 2014 tragicamente.
No litoral de São Paulo, 15 pessoas morreram vitimas de afogamento nos feriados do réveillon e do Natal. As mortes ocorreram em cidades como Guarujá, São Vicente, Itanhaém, Praia Grande, Mongaguá e Ilha Comprida.
Num dos casos, Claudio de Barros, de 45 anos, estava com a mulher e a filha quando a maré começou a subir. Nilzete, mulher de Claudio, relata o incidente.
— A água subiu muito rápido. Quando eu vi, a água já estava mais [alta] do que no meu pescoço. Foi questão de 15 a 20 minutos. A água parecia tão inofensiva e, de repente, começou a virar um redemoinho, parecia que tinha alguma coisa sugando a gente.
Hoje, Nilzete usa um colar cervical porque, desde que foi socorrida no mar, sente dores no pescoço. Ela e a filha não sabem nadar, mas conseguiram se salvar. Já Claudio, que foi puxado pela água, chegou a ser socorrido, mas morreu antes de chegar ao hospital.
Segundo os bombeiros, afogamentos como esse poderiam ser evitados com medidas simples. O coronel Carlos Eduardo Smicelato diz que “o banhista tem que ter a consciência de que deve vir a praia e ter um banho seguro”.
— Não depende somente do Corpo de Bombeiros. Depende principalmente do banhista. [Ele deve] procurar manter [a água] na altura na cintura, do umbigo, não beber antes de entrar na agua, não se alimentar em demasia. Se ele seguir todas essas regras, com certeza terá um banho seguro.