Especialista esclarece dúvidas e mostra cuidados essenciais
Tumisu por PixabayEm alguns locais do Brasil, a máscara já é um equipamento de proteção obrigatório contra o coronavírus para aqueles profissionais que não podem ficar em casa no período de distanciamento social ou para as pessoas que precisam sair rapidamente para ir ao mercado ou até a farmácia. Os modelos caseiros estão cada vez mais presentes na rotina das famílias. Mas, quais características garantem a proteção e fazem a diferença?
O biomédico Roberto Figueiredo, mais conhecido como Dr. Bactéria, esclarece 7 dúvidas sobre o uso da máscara:
Segundo o especialista, as máscaras caseiras devem ter de duas a três camadas. “É importante para segurar os respingos de saliva. A finalidade da máscara não é segurar espirro, pois para essa finalidade usamos a parte interna do cotovelo. Já se pessoa estiver com muita tosse, ela deve ficar afastada”, esclarece.
Dr. Bactéria reforça que não há indicação específica de tecido para confeccionar uma máscara em casa: “Pode ser TNT, algodão, um resto de uma camisa ou calça. A intenção é segurar as gotículas de saliva em uma conversa, por exemplo. O que não é indicado é aquele pano usado para limpeza que tem muitos furinhos”.
O biomédico orienta que a máscara deve ser usada, em média, por duas horas. Porém, cada caso é um caso. “Se a pessoa estiver suando muito ao realizar um trabalho que tenha que andar no sol, que fique cansada ou ofegante, deve usar por menos tempo, até uma hora. Por outro lado, se estiver em um escritório com ar-condicionado e sem muito desgaste, poderá usar por até três ou quatro horas”, esclarece.
Ele explica que os micro-organismos preferem locais úmidos, portanto é indicado substituir a máscara sempre que estiver úmida. “Resto de pele e saliva podem ser um meio de cultura”, reforça.
As máscaras de pano podem ser colocadas na máquina de lavar ou então higienizadas em um balde com 4 colheres de sopa de detergente por litro de água. Como o vírus é uma bolinha de gordura, ele não resiste a ação do sabão ou detergente. “Adicione também uma colher de bicarbonato para facilitar a limpeza. Depois, é só enxaguar, secar e passar. O uso do ferro é sempre um reforço a mais para a eliminação de micro-organismos”, explica.
“A técnica é simples. Passe álcool em gel nas mãos e pegue pelo elástico. Em seguida, guarde-a em um saco plástico para higienizar mais tarde. Passe álcool em gel novamente nas mãos e segure pelo elástico para fazer a troca pela máscara nova”, orienta Roberto Figueiredo, para quem a barba pode prejudicar a eficácia da máscara, pois dificilmente dará um fechamento total na região.
“Não devemos colocar máscaras em crianças menores de 2 anos de idade e também em pessoas que poderão ter alguma dificuldade para retirá-la”, observa.