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Se existe algo que tira qualquer um do sério é a Tensão Pré-Menstrual. A TPM virou sinônimo de nervos à flor da pele, mas nada é tão ruim que não possa piorar. Estima-se que até 88% do público feminino, em período fértil, tenha sintomas muito mais intensos nesse período. O Hoje em Dia mostrou uma versão desse síndrome pouco conhecida. Confira a seguir
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Para muitas mulheres, a tensão pré-menstrual é uma parte desagradável, mas suportável do ciclo de cada mês. Porém, a situação piora quando a sigla ganha mais uma letra. TDPM, o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual, é uma forma mais intensa dessa síndrome e que em alguns casos chega a ser incapacitante
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A ginecologista Juliana Lima explica: "É uma TPM muito intensa que prejudica a mulher na profissão, em casa, no trabalho, com os filhos, com a família, em tudo qual lugar".
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Os sintomas são os mesmos da TPM: inchaço, dor nas mamas, cansaço, ansiedade e aquela sensação de nervos à flor da pele. A diferença é que eles ficam muito mais fortes e por um período maior de tempo. O transtorno afeta de 3% a 8% das mulheres
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A empresária Bruna Martins percebeu pela primeira vez que tinha algo de errado aos 26 anos. Ela relatou que sentia uma irritabilidade e uma fúria muito grande. "Você odeia as pessoas e não gosta que as pessoas encostem em você. Eu, quando estava nas crises, não falava com ninguém e tinha vontade de me esconder", disse
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Após descobrir que não se tratava de uma TPM comum, a empresária decidiu buscar ajuda médica. A dificuldade foi conseguir com que os especialistas reconhecessem a doença, já que ela só foi classificada como enfermidade no ano passado
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Quem sofre dessa síndrome pode manifestar sintomas por até três semanas durante o mês
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A TDPM é um transtorno de desequilíbrio hormonal, a mulher apresenta muito estrogênio e pouca progesterona. Esse desequilíbrio, no período pré-menstrual, pode acarretar o transtorno
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A gestrinona é usada para equilibrar os hormônios e tratar a síndrome, e pode ser utilizada em forma de gel vaginal ou nos implantes hormonais
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O implante hormonal custa, em média, R$ 8 mil. Porém, Bruna conseguiu o implante de forma gratuita, por meio de um projeto social. Manuela Coutinho, responsável pela iniciativa, disse que a ideia era incluir quem não tem condição de pagar o tratamento e já atenderam mais de 2 mil pacientes em 10 anos de projeto
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Atualmente, aos 39 anos, Bruna finalmente encontrou o equilíbrio. "Hoje estou estável. A TDPM é uma doença, sim, não é frescura e precisa ser tratada, porque causa muitos sintomas psicológicos que podem afetar uma família inteira", disse a empresária.
O Hoje em Dia vai ao ar de segunda a sexta, às 10h, na tela da Record TV.