Rafael Sardão interpreta leproso: “Minha sensação de responsabilidade é sempre máxima”

Ator interpreta personagem agraciado com milagre

Divulgação/Record

A temporada final de Milagres de Jesus estreia na próxima segunda-feira (2) com episódios inéditos e grande elenco.

Em A Mulher Cananeia, Rafael Sardão dá vida a Rômulo, deserdado pela família e marginalizado por ser um leproso. Em entrevista ao R7, ele garante que a dedicação é a mesma, independente do tipo de época da obra.

─ Eu me cobro muito nos trabalhos, então minha sensação de responsabilidade é sempre máxima. É interessante interpretar personagens que já existiram, estão escritos, porque você passa a ter um campo muito maior de pesquisa. Em novela, a gente vai descobrindo quem é aquele “cara”, aos poucos. Eu só sinto prazer pelo que faço e posso dizer que os dois tipos de papel têm o mesmo nível de dificuldade, dedicação.

O ator adianta detalhes do episódio em que interpreta um dos personagens agraciados com o milagre.

─ Rômulo é um cidadão honesto e de boa índole. Porém, seu irmão Aion, sacerdote de uma religião que não segue Jesus, usa um pedaço da pele de um leproso para contaminá-lo por inveja e ciúmes. Aion queria se casar com a pretendente de Rômulo, o que de fato acontece depois que meu personagem é afastado do convívio social, como os leprosos naquela época. Após sete anos, em um encontro inesperado, Jesus o livra da lepra. Ao retornar para sua cidade, Rômulo encontra o irmão casado com sua antiga pretendente e uma filha. A volta do personagem desestrutura a família, o que leva Aion a planejar a morte da esposa e de Rômulo, além de oferecer a filha em sacrifício.

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O trabalho, complexo e gratificante para Rafael Sardão, também mostra os problemas enfrentados dentro de um convívio social já naquela época, como conta o ator.

─ O episódio fala sobre as relações humanas atemporais. Aborda amor, inveja, disputa, coisas que existem há tempos e tempos. Na minha opinião, as histórias bíblicas são as maiores que a humanidade já escreveu e formam nosso consciente coletivo, nossos seres. Enquanto estivermos habitando este planeta, haverão estes tipos de relação e situações similares.

Segundo Rafael Sardão, uma de suas maiores preocupações ao interpretar um personagem é ter conhecimento sobre todo o universo que o envolve.

─ Eu leio bastante e busco referências da época. Neste caso, pesquisei sobre lepra, deuses e vi como eram as construções das cidades. Procuro me cercar de informações, que de certa forma são transpassadas pelos meus personagens. Existe, ainda, outra preparação, que é a física. Faço um treinamento para buscar o corpo ideal, tipo de energia com que ele se movimenta e o olhar.