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Entenda a lesão no tendão de Aquiles, que tirou Núbia do Pan

Atletas de alta performance têm maior tendência ao problema, mas pessoas sedentárias também correm risco pela falta de uso, que encurta o tecido

Pan Lima 2019|Giovanna Borielo, do R7*

Núbia Soares se lesionou durante um treinamento e está fora do Pan
Núbia Soares se lesionou durante um treinamento e está fora do Pan Núbia Soares se lesionou durante um treinamento e está fora do Pan

A atleta Núbia Soares, 23, que realiza provas de salto triplo na equipe brasileira de atletismo, foi cortada nesta quinta-feira (1º) do Pan Lima 2019 devido a uma lesão no tendão de Aquiles da perna direita. A lesão ocorreu durante seu treinamento na Espanha e foi detectada por meio de uma ressonância magnética, feita no útimo sábado (27).

De acordo com o médico do esporte Tiago Lazzaretti, coordenador científico do Núcleo de Medicina do Exercício e do Esporte do Hospital Sírio-Libanês e médico do Hospital das Clinicas (HC-FMUSP), atletas de alta performance, como Núbia, possuem uma tendência maior de lesionar o tendão de Aquiles devido ao movimento repetitivo e a supersolicitação do tecido para suas performances.

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Entre as lesões que podem afetar esse tendão estão as tendinopatias, ou seja, inflamações crônicas que vêm à longo prazo, e a ruptura do tendão, que pode ocorrer, principalmente, por um movimento brusco.

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"As questões que levam tanto a rupturas quanto tendinopatias podem ser genéticas, com maior predisposição de lesionar o tendão, ou por fatores externos, como carga, intensidade e frequência dos treinamentos, excesso de movimentos repetitivos, supersolicitação do tendão e falta de tempo para se recuperar de lesões", explica Lazzaretti.

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Porém, as lesões no tendão de Aquiles não ocorrem apenas pelo excesso de uso, mas também pela falta de exercícios. "As pessoas sedentárias também têm o risco de lesionar o tendão por não usá-los. Ao não se exercitar, o tendão encurta e, quando solicitado para uma caminhada, por exemplo, pode sofrer a lesão", afirma o médico.

Caso o tendão seja machucado, o tratamento é feito com fisioterapia anti-inflamatória e fortalecimento muscular. No caso de rupturas, se ocorridas em atletas, o tratamento optado é o cirúrgico, de maneira que ele possa voltar às competições o quanto antes e sem perigos. Já para as demais pessoas, o rompimento do tendão pode ser tratado também de modo conservador, imobilizando a região por cerca de dois meses.

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As lesões do tendão podem ser prevenidas por meio de fortalecimento muscular, alongamento, treinos educativos com a realização de movimentos padronizados e trabalhar ritmo e intensidade de maneira que o corpo possa descansar dos treinos.

*Estagiária do R7 sob supervisão de Deborah Giannini

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