Ingrid Calheiros, mulher do ex-goleiro Bruno, colocou fim
ao silêncio nesta semana. Em conversa repleta de confidências, ela contou a
Gugu Liberato detalhes do caso que chocou o País — a morte de Eliza Samudio —, a
relação com o marido e ainda os medos e anseios por conta de toda a situação
Gugu: Ele fala que não foi o mandante da morte da Eliza. O
que ele já te falou a sós?
Ingrid: Tenho a convicção de que o Bruno não mandou. Ele
tinha, sim, as desavenças dele porque é muito complicado. Ele sempre estava na
mídia e tinha que ser exemplo. Ela [Eliza Samudio, que alegava na época estar
prestes a ter um filho dele] provocava algumas situações para se autopromover e
o deixava muito irritado
Gugu: Bruno tem um perfil, segundo a Justiça, de um homem
violento.
Ingrid: Esse homem eu não conheço. O Bruno nunca foi
agressivo comigo. Sou uma mulher muito determinada e de personalidade forte. Se
ele, em algum momento, mostrasse que fosse agressivo, eu jamais me colocaria
nessa situação de brigar por ele. Ele não é agressivo, não é violento e nunca
levantou a voz pra mim. Se aconteceu alguma coisa com outra pessoa, acho que
foi reflexo de alguma situação
Ingrid: Eu acho que não. Acho que ele queria que ela parasse
de ir aos jornais. Me coloco no lugar da Eliza, mas se aconteceu e teve um
filho, eu iria ao advogado pedir um exame e me certificando que sim, iríamos
resolver [na Justiça] e cada um para o seu lado. Não ficar indo na televisão,
né? Agora, imagino que ver ela morta, ele não gostaria. Tenho certeza que não!
Ingrid: É um pouco complicado a gente falar isso. Eu não
sei. Participei dos bastidores como todo mundo. Acho que quem foi condenado
como executor, o Bola, sabe. Se alguém sabe, é ele. Mas, ninguém sabe se foi
ele realmente. Essa história é muito mal contada
Ingrid também revelou o medo que sente de um dos personagens
dessa história.
— Tenho medo do dia que o Bruno sair da cadeia. Medo do que
pode acontecer com ele. Eu tenho medo de morar em Belo Horizonte. Não sei, mas
o Macarrão se envolve com pessoas muito perigosas. Não sei!
Gugu: Você tem medo do Macarrão ou do Bola? Ou dos
dois?
Ingrid: Bola a gente conhece pelo o que vê e o que foi
passado. Cheguei a conhecer a família dele em uma visita [à cadeia]. São
pessoas de bem. Sinceramente, como criaram um monstro do Bruno, quem me garante
que não criaram um monstro do Bola? Agora, o Macarrão não. Eu convivi com ele e
sei quem ele é. Acho que quando a pessoa começa a conviver com você e não te
olha nos olhos, não é confiável
Ingrid: Teve uma situação de uma paciente descobrir que eu
estava com ele e disse que não aceitava ser atendida por mim. Falou um monte de
coisa e a secretária deu um jeito. Eu escutei tudo!
