A grande explosão que devastou boa parte da capital do Líbano, Beirute, completa uma semana nesta terça-feira, 11 de agosto. No país, a crise política se agrava. Pressionado pela opiniao pública, o primeiro-ministro Hassan Diab renunciou e todos do primeiro escalão também deixaram os cargos.
A tragédia deixou mais de 200 mortos, mais de seis mil feridos, dezenas de pessoas desaparecidas sob os escombros e 300 mil desabrigados. Mais de 2.700 toneladas de nitrato de amônio, armazenadas na região portuária da capital, explodiram provocando um cenário semelhante ao de um bombardeio. O episódio derrubou o atual sistema político do país, marcado por denúncias de corrupção e por sua ligação com o grupo extremista xiita Hezbollah.
Para discutir esse assunto e também o futuro do Líbano, o apresentador Sérgio Aguiar conversou com o repórter Herbert Moraes, que foi correspondente no Oriente Médio durante 15 anos, e com o professor e doutor em ciência política da Universidade de São Paulo, especializado em conflitos no Oriente Médio, Samuel Feldberg.