No próximo dia 2 de junho chega à tela da Rede Record a novela Vitória, de Cristianne Fridmann. Com gravações feitas na Ilha de Curaçao, no Caribe, e na cidade de Petrópolis, localizada na região serrana do Rio de Janeiro, a novela gira em torno de Artur (Bruno Ferrari), filho de Clarice (Beth Goulart) e Gregório (Antônio Grassi), que sofreu um acidente quando criança e ficou paraplégico.
Após a tragédia, seus pais se separam e o menino cresceu acreditando que foi rejeitado pelo pai, que formou uma nova família.
O R7 conversou com o ator Gustavo Leão, que na trama vive Quim, um estudante de veterinária que acabará seguindo um caminho inusitado. “Mais tarde, o bicho vai pegar”, comentou o ator.
R7 — Como tem sido a preparação para seu personagem?
Gustavo Leão — Meu personagem começa sendo um cara bem tranquilinho, o Quim, estudante de veterinária. Mora com a mãe no Rio de Janeiro, mas no final de semana sempre está na casa do pai, já que os pais são separados. Ele acaba se apaixonando por uma mulher que é neonazista e se envolve com o núcleo neonazista.
R7 — Como tem sido interpretar esse personagem?
Gustavo — Por enquanto estou sendo apenas um veterinário, então estou tranquilo. Mas, mais tarde o bicho vai pegar.
R7 — O que você está estudando? Está fazendo algum laboratório?
Gustavo — Fizemos uma preparação, estudamos toda a história do nazismo, desde o início, Hitler, tudo. E vimos vários grupos neonazistas ainda, principalmente na parte sul do Brasil. Não só no Brasil, mas fora dele tem um monte de grupos que ainda estão ativos. Inclusive, ano passado, em Niterói, um grupo foi preso por espancar um nordestino e fazer a saudação de Hitler. O grupo foi preso no litoral. A gente estudou toda a história para entender a profundidade do assunto.
R7 — O assunto mexe muito com você?
Gustavo — Confesso que, por mais que a gente saiba, cada coisa que eu leio e a gente se aprofunda, fica mais chocado. A gente assiste a alguns filmes que retratam aquela época. Assisti, entre eles, um documentário argentino que diz que Hitler, na verdade, não morreu com aquele tiro dos russos. Ele se mudou para a Patagônia e ficou escondido por lá, e que tudo aquilo era uma farsa. Só que nesse documentário vão ter alguns flashes daquela época e de como o povo o idolatrava. Foi o maior manipulador da História. As crianças já eram criadas com essa mentalidade: “Temos que preservar a raça pura, tudo o que for mistura não vale, tem que matar, tem que bater, desprezar”.
R7 — Como estão suas expectativas para a novela?
Gustavo — Estou feliz. Personagem diferente para mim. Estou amarradão para que ela começa logo e que eu vire logo um neonazista para viver isso. Sempre vivi mocinhos, então, essa pode ser a primeira vez, dependendo da novela. Não sei se ele chega a ser um vilão, não diz isso na sinopse, mas diz que ele se envolve com essas pessoas, faz parte desse núcleo maldito. Acho que acabo me envolvendo e cometendo algumas maldades. Nas primeiras cenas, ele diz que não concorda com a cota de negros em faculdades. Então, ele já tem um preconceito. Ele tem um indício disso.