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Câmera Record mostra histórias de quem vive com R$ 275 por mês

Programa deste domingo (24) ainda exibe o drama de famílias que perderam a renda e deixaram de fazer três refeições ao dia depois da pandemia

Câmera Record|Do R7

Para mostrar esse drama de perto, repórteres foram até as três capitais onde mais famílias perderam renda
Para mostrar esse drama de perto, repórteres foram até as três capitais onde mais famílias perderam renda Para mostrar esse drama de perto, repórteres foram até as três capitais onde mais famílias perderam renda

No próximo domigo (22), o Câmera Record mostra histórias de quem vive com R$ 275 por mês e não sabe se vai comer no dia seguinte.

A pandemia piorou a vida de quem é mais pobre. De um ano para cá, o número de brasileiros vivendo com R$ 275 reais por mês saltou de 20 para mais de 24 milhões. Com essa renda, não há garantia de que vão comer no dia seguinte, de acordo com o estudo Observatório das Metrópoles. É o retrato do agravamento da fome no país.

Para mostrar esse drama de perto, repórteres foram até as três capitais onde mais famílias perderam renda e deixaram de fazer as três refeições ao dia.

Desigualdade e perda de renda em João Pessoa (PB)

Não é a primeira vez que Silvana enfrenta a fome. Aos oito anos, sentiu a dor de não ter comida no prato. No ano passado, na gravidez do filho mais novo, o fantasma da escassez voltou a rondar a família. "Quando eu tenho alguma coisa, é pouco, mal dá pra alimentar os meninos de casa, meus filhos, aí eu prefiro dar a eles e ir dormir sem comer. Cheguei a comer comida do lixo. Comi, trouxe pra casa, eles comeram. Por isso eu não tive o leite materno para dar", conta a mulher.

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Sua principal preocupação continua sendo o mais novo, Antony Gabriel - de nove meses. Como não tem dinheiro para o leite, Silvana prepara uma massa pra ele, uma mistura à base de amido de milho e farinha de arroz. "É o que eu tenho hoje", resume.

A fila do osso em Cuiabá (MT)

Na capital do agronegócio, o maior rebanho do Brasil, lá tornou-se comum um corte de carne chamado ossinho - pedaços da costela dianteira do boi, geralmente usados pra fazer sopa. O quilo custa cinco reais.

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Em um açougue, os ossinhos não são vendidos, são doados. A ordem da dona é deixar ao redor deles um pouco de carne e gordura e, mesmo assim, centenas de famílias fazem fila para recebe-los. A doação de mais de 400 sacos acontece duas vezes por semana.

Desde que perdeu o emprego de ajudante em um salão de beleza, no final do ano passado, Daniele passou a depender de doações e a cozinhar com álcool combustível - embora o risco de queimaduras seja bastante conhecido. Mesmo assim, na maior do tempo ela usa o fogareiro, pois não tem dinheiro para o gás. Os ossinhos, pelos menos por ora, garantem proteína na mesa da família da mulher.

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A fila do peixe no Rio de Janeiro (RJ)

As famílias chefiadas por mulheres negras sofreram mais durante a pandemia, aponta uma pesquisa. Na cidade do Rio de Janeiro, centenas de pessoas se enfileiram para ter outra fonte de proteína que vai fazer a diferença na mesa: o peixe.

Quase meia tonelada espera pelos moradores e a fila se forma ainda de madrugada no coração do Jacarezinho, zona Norte do Rio - embora a distribuição do alimento só comece depois das sete. "Como eu fiquei desempregada, o jeito é correr atrás para pelos menos dar alimento aos filhos. Se não fosse o peixe, a gente não ia comer nada, só arroz", revela Daiana, de 34 anos.

E no podcast do Câmera Record, a jornalista Renata Garofano conversa com o diretor da Fundação Getúlio Vargas Social, Marcelo Neri. O economista fala sobre a perda de renda dos brasileiros, o aumento da pobreza e da fome no país. Marcelo também sugere caminhos necessários para o país vencer a fome.

Você não pode perder o Câmera Record deste domingo. É logo depois de A Fazenda!

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