Gaúcho de Cruz Alta, mas radicado em Florianópolis (SC) desde a infância, o carateca Douglas Brose tem utilizado as competições de âmbito mundial que participou desde o início deste ano como preparação para os Jogos Pan-Americanos, que começam no dia 26 de julho, em Lima. Bicampeão mundial na modalidade e medalhista de ouro em Toronto 2015, o atleta quer repetir o feito do último torneio continental.
"A meta é essa: o ouro. Estou indo para mais uma competição da da Liga Mundial do Canadá, Chegou ao Pan-Americano com sete competições de nível mundial das costas. Então, chego bem preparado. Ainda tem mais um mês e pouco de treinamento. A ideia é, neste mês que antecede [o Pan], fazer alguns ajustes específicos para adversários que vou encontrar lá. Mas acredito estou em boa fase e muito bem preparado tanto física e quanto tecnicamente", avaliou o carateca.
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Douglas Brose não demonstrou ter preferências ou temores ao ser questionado sobre os sete adversários no Pan de Lima. O atleta aposta na estratégia para superar os rivais e conquistar mais uma medalha na competição — o carateca também ganhou um bronze em Guadalajara 2011.
"Como a primeira fase é uma disputa por grupos, às vezes um empate vale mais. Empatar uma luta difícil vale um ponto. A estratégia que você usa é muito importante. Acredito que todos são atletas que podem incomodar. A competição de caratê não tem mais bobo. É como o futebol. Considero sete atletas realmente fortes e vou treinar para superá-los", explicou Brose.
Paixão de infância
Praticante de artes marciais desde os sete anos, Douglas Brose contou que se inspirou em filmes como "Karate Kid" e na disciplina do esporte para treinar durante a infância.
"Sempre fui muito envolvido com o esporte, desde criança. Mas, principalmente com os esportes de luta, motivado por filmes, séries que gostava.. [Karate Kid] Foi um dos filmes do início da minha carreira. O que sempre me impressionou foram os treinamentos e os golpes espetaculares".
Projeto olímpico
Aos 33 anos, Douglas Brose também sonha em representar o Brasil em uma Olimpíada, oportunidade que terá nos Jogos de Tóquio 2020 — a competição marcará a estreia do caratê no calendário olímpico.
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"Tóquio 2020 vai me fazer chegar em uma condição física e mental muito boa. Hoje, o caratê não é 100% físico. Logicamente, dependemos de alguns cuidados físicos. Mas, você saber a parte técnica, estar preparado psicologicamente, estrategicamente, são fatores fundamentais. Mais fundamentais que a questão física, que está aliada à idade" avaliou o carateca.
No entanto, Brose lamentou a exclusão do caratê do programa dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, decisão já confirmada pelo comitê organizador do evento.
"Foi uma notícia muito triste para o caratê. Nem foi esperada a nossa apresentação antes da tomada de decisão de 2024. Mas, essa participação na Olimpíada de Tóquio vai marcar a história do caratê como esporte. Não sabemos qual será a próxima vez que o caratê vai estar estar inserido em uma Olimpíada. Com certeza, vai ser um momento histórico e um divisor de águas", projetou Douglas Brose.
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