A organização dos Jogos Pan-Americanos Lima 2019 fez um levantamento e revelou que 109 atletas que já conquistaram medalhas olímpicas estarão participando da competição. Como alguns já subiram ao pódio mais de uma vez, o número geral de medalhas obtidas por eles é 155.
Com 486 atletas em sua delegação (o decatleta Luiz Alberto de Araújo não integra mais o grupo por causa de lesão), o Brasil será representado por 250 homens e 236 mulheres. Desses, 12 já subiram ao pódio olímpico.
O mais premiado entre os brasileiros é o canoísta Isaquias Queiroz com três medalhas conquistadas na Olimpíada Rio 2016 (duas pratas e um bronze). O ginasta Arthur Zanetti e a judoca Mayra Aguiar têm duas cada. Zanetti soma um ouro conquistado em Londres 2012 e uma prata no Rio 2016 - ambos disputados nas argolas. Mayra conquistou duas medalhas de bronze nas edições da Inglaterra e do Brasil.
Os outros medalhistas olímpicos brasileiros que vão competir em Lima são: Maicon Andrade (bronze no taekwondo Rio 2016), Eder e Natália (campeões com as seleções de vôlei de quadra no Rio e em Londres, respectivamente), Thiago Braz (ouro no salto com vara em 2016), Rafaela Silva (judoca campeã na categoria até 57kg no Rio), Martine Grael e Kahena Kunze (ouro na classe 49er de vela no Brasil), Arthur Nory (bronze no solo na ginástica no Rio) e Erlon Souza (vice-campeão de canoagem em 2016).
O maior medalhista, contudo, é o nadador americano Nathan Adrian (100m e revezamentos) com oito pódios colecionados desde a edição de Pequim 2008 dos Jogos (cinco ouros, uma prata e dois bronzes). Dos EUA também vem a medalhista mais longeva, Kim Rhode, atiradora que já soma seis medalhas, a primeira delas o ouro conquistado na Olimpíada de Atlanta 1996. Com 40 anos, ela também foi campeã em Atenas 2004 e Londres 2012, além de prata em Pequim 2008 e bronzes em Sydney 2000 e Rio 2016.
Aliás, é bom destacar que mesmo não enviando sua equipe principal em todos os esportes para o Pan-Americano, os EUA serão o país com o maior número de medalhistas olímpicos em Lima: 38 no total. Ou seja, destaques não vão faltar em Lima e vai ser difícil sustentar aquela teoria recorrente que tenta diminuir a importância do Pan no calendário de grandes atletas. Seja como classificatório olímpico - caso de hipismo, handebol, saltos ornamentais e outras 19 modalidades - ou como parte da preparação para outras competições importantes que serão realizadas esse ano - como o Mundial de Ginástica em outubro, por exemplo -, o Pan tem seu valor próprio e inquestionável no processo de amadurecimento da elite dos esportes.
As disputas em Lima começam nesta quarta-feira (24) com o vôlei de praia e terminam dia 11 de agosto.