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Um dos diretores de Reis, Felipe Cunha fala sobre processo criativo no set de gravação

O também ator e fotógrafo comentou como tem sido as diferentes experiências na superprodução

Entrevistas|Gabriel Alberto, do site oficial

Felipe Cunha analisa cena ao lado de Petrônio Gontijo
Felipe Cunha analisa cena ao lado de Petrônio Gontijo Felipe Cunha analisa cena ao lado de Petrônio Gontijo

Felipe Cunha é apaixonado pela imagem em suas diferentes formas de expressão — prova disso é que o artista, além de ator, também é diretor e fotógrafo. Em Reis, ele teve a possibilidade de trabalhar tanto à frente das câmeras quanto atrás delas. Intérprete do profeta Natan até O Pecado, Cunha se juntou ao time que dirigeA Consequência e contou, em entrevista ao site oficial, como tem sido a experiência e qual a relação dele com o audiovisual.

“Sou fascinado pela imagem. Acho que tenho um processo de comunicação com ela. E, ao longo do tempo, aprimorei cada vez mais isso. Me relaciono visualmente com a imagem da mesma maneira com a qual me relaciono com as minhas questões interiores”, explicou.

Cunha afirmou que o fato de ter experiência também como ator é um facilitador na hora de guiar os intérpretes pelas emoções necessárias para cada cena.

“Tento fazer com os atores o que gostaria que fizessem comigo quando estou ali. O cuidado com o tempo, com a emoção... Nem sempre ela surge em um estalar de dedos. Tem um processo. É preciso abrir a escuta e a percepção para qual seja o melhor caminho a seguir”.

Felipe Cunha relembra primeiras fotos, feitas ainda na infância
Felipe Cunha relembra primeiras fotos, feitas ainda na infância Felipe Cunha relembra primeiras fotos, feitas ainda na infância

De acordo com ele, o contrário também acontece: “O diretor que sou me ajuda como ator, sem deixar que eu me autodirija em cena. Me ajuda a entender como a câmera se movimenta, como a luz se comporta e o que funciona ou não. Inevitavelmente, por mais dentro que eu esteja de um personagem, acabo criando esse mapeamento externo do que está acontecendo. É a maneira que tenho também de ajudar a equipe e facilitar a jornada”, explicou.

O artista ainda deu detalhes sobre o trabalho na direção tanto antes de entrar no set quanto no momento em que já está com os atores, prestes a gravar as cenas. Tudo começa com a decupagem das sequências, que é um planejamento visual da filmagem.

“Inevitavelmente, decupo a cena também como fotógrafo e como ator, porque tento imaginar todas as possibilidades. A gente faz o mapeamento do deslocamento da luz do sol ou do cenário e tenta criar um panorama. Vou para o set e deixo que os atores proponham o que eles criaram e estudaram”, contou.

Cunha apontou que, para ele, o processo de criação é coletivo: “Acho que o trabalho do diretor é balizar e organizar as emoções de todos, mas, em um processo individual, normalmente, o ator tem um controle, um domínio. É uma troca”.

Felipe Cunha é fascinado pela imagem e sua construção
Felipe Cunha é fascinado pela imagem e sua construção Felipe Cunha é fascinado pela imagem e sua construção

A curiosidade e a fascinação pela fotografia o acompanham desde a infância, e o diretor recordou a primeira vez em que foi para trás das câmeras, em uma viagem com a família:

“Pedi ao meu pai que comprasse uma câmera fotográfica para mim. Na época, a gente tinha aquelas [máquinas] Kodak descartáveis, que eram mais baratas. Lembro que passei as férias fazendo minhas primeiras imagens. E é engraçado que não tem nenhuma foto minha, sempre minha mãe, meu pai e minha irmã. Nos únicos registros que temos daquele passeio, não estou em nenhum deles, porque estava fotografando”.

Hoje, cineasta e fotógrafo, Cunha finaliza seu segundo longa-metragem, além de já ter feito oito curtas, uma série e um piloto de sitcom — mas Reis é o primeiro projeto na televisão aberta, em um formato diário. A versatilidade das produções exige um raciocínio diferente na forma de execução e, claro, de direção.

Felipe Cunha orienta Esther de Oliveira e Vicente Tuchinski no set de Reis — A Consequência
Felipe Cunha orienta Esther de Oliveira e Vicente Tuchinski no set de Reis — A Consequência Felipe Cunha orienta Esther de Oliveira e Vicente Tuchinski no set de Reis — A Consequência

“Faço televisão há muitos anos como ator, mas a minha trajetória vem de uma construção cinematográfica, no sentido do tempo de realização. Lá fora, a gente trabalha um ano para fazer um longa. Aqui, é preciso uma agilidade para a entrega. Tem sido uma experiência incrível, porque tento incorporar essa narrativa cinematográfica que faço para pouco tempo de execução, encontrar um balanço”, analisou o diretor.

Para Cunha, Reis também tem sido interessante pelo fato de construir o projeto com colegas que admira muito. Ao dizer se pretende seguir à frente ou atrás das câmeras, ele foi direto ao afirmar que, quanto mais diversificado for o seu trabalho, melhor:

“No Brasil, a gente tem sempre uma divisão ferrenha: ou é ator ou diretor ou produtor. Fora daqui, quanto mais múltiplo, melhor você é para o mercado. E tem figuras que transitam tranquilamente entre a atuação e a direção. Hoje, estou dirigindo, amanhã, atuando, depois, inverto. O mundo pede que o profissional seja múltiplo. Quanto mais aptidões você tiver, mais recursos você dá”.

Veja o trabalho de Felipe Cunha em Reis e acompanhe os momentos finais de A Consequência de segunda a sexta, às 21h, na tela da Record TV. E, não se esqueça, a partir de segunda (2), você assiste ao início do reinado de Salomão na série. Perdeu algum momento? Veja o resumo da semana aos sábados, no mesmo horário. Episódios completos estão disponíveis em PlayPlus.com.

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