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Conheça a realidade de miséria dos trabalhadores de sisal na Bahia

Durante o Repórter Record Investigação, o presidente da Sindifibras não encerra ligação de vídeo e deixa escapar grave situação enfrentada pelos operários

Repórter Record Investigação|Do R7

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O Estado da Bahia é responsável por 96% do sisal brasileiro, considerado "ouro verde do Nordeste", que gera uma fortuna em exportações para o País. Mas, o Repórter Record Investigação mostrou que a riqueza esconde a realidade de miséria e perigosas condições de trabalho para aqueles que vivem da colheita. Confira!
Plantações gigantescas de sisal se estendem por 65 cidades baianas. A parte mais perigosa do trabalho é a máquina do cevador, que transforma folhas verdes em fibras e qualquer distração pode terminar em acidente. Em pé o dia inteiro, sem protetor nos ouvidos e sem segurança para as mãos, que ficam próximas do triturador, Miga Alves trabalha desde os seus sete anos nos campos e afirma que mutilações nessa parte do trabalho são comuns
Ao longo das plantações de sisal, é possível encontrar diversos antigos cevadores, que saíram do motor à força porque foram mutilados na máquina. A falta de segurança é um relato comum de homens que se esforçam como podem para conseguir trabalhar e sobreviver após os acidentes sofridos
Para Miga, o dinheiro tem sempre o mesmo destino: sustentar a casa com a esposa e seus cinco filhos. Mas o que ele ganha trabalhando no campo de sisal não compra tudo que a família precisa. Para sobreviver, o cevador e a esposa, Fernanda, contam com o apoio fundamental de Dona Marta, sogra do trabalhador, que auxilia com alimentos e carinho para as crianças
Para aumentar a renda da família no final do mês e escapar da miséria, muitos pais são obrigados a levar os filhos ainda bem pequenos para as plantações de sisal. Uma triste e exaustiva realidade vista de forma comum por aqueles que lutam para sobreviver. A maioria das crianças começam a trabalhar com idades entre seis e dez anos de idade
Depois de uma semana cheia de riscos e muito esforço no campo, os fios dourados de sisal vão para os barracões e seguem caminho até as indústrias, onde o cenário muda e, enfim, passa a valer ouro. Mas no campo, onde a história começa, o dinheiro é pouco. O dia do pagamento também é momento de angústia para os lavradores que vivem em situação de extrema pobreza juntamente com a sua família
Wilson Andrade, presidente da Sindifibras, representante de todas as indústrias de sisal da Bahia, conversou com exclusividade para o Repórter Record Investigação. O representante afirmou que a situação de trabalho nas plantações de sisal não é grave, mas no fim da entrevista, não encerra a ligação e admite a grave situação que eles enfrentam. "O esquema é completamente irregular. Não tem registro, o cara trabalha como autônomo", relata.
Acompanhe a nova temporada do Repórter Record Investigação, sob o comando de Adriana Araujo. Toda quinta-feira, a partir das 22h30, na Record TV

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O Estado da Bahia é responsável por 96% do sisal brasileiro, considerado "ouro verde do Nordeste", que gera uma fortuna em exportações para o País. Mas, o Repórter Record Investigação mostrou que a riqueza esconde a realidade de miséria e perigosas condições de trabalho para aqueles que vivem da colheita. Confira!
Plantações gigantescas de sisal se estendem por 65 cidades baianas. A parte mais perigosa do trabalho é a máquina do cevador, que transforma folhas verdes em fibras e qualquer distração pode terminar em acidente. Em pé o dia inteiro, sem protetor nos ouvidos e sem segurança para as mãos, que ficam próximas do triturador, Miga Alves trabalha desde os seus sete anos nos campos e afirma que mutilações nessa parte do trabalho são comuns
Ao longo das plantações de sisal, é possível encontrar diversos antigos cevadores, que saíram do motor à força porque foram mutilados na máquina. A falta de segurança é um relato comum de homens que se esforçam como podem para conseguir trabalhar e sobreviver após os acidentes sofridos
Para Miga, o dinheiro tem sempre o mesmo destino: sustentar a casa com a esposa e seus cinco filhos. Mas o que ele ganha trabalhando no campo de sisal não compra tudo que a família precisa. Para sobreviver, o cevador e a esposa, Fernanda, contam com o apoio fundamental de Dona Marta, sogra do trabalhador, que auxilia com alimentos e carinho para as crianças
Para aumentar a renda da família no final do mês e escapar da miséria, muitos pais são obrigados a levar os filhos ainda bem pequenos para as plantações de sisal. Uma triste e exaustiva realidade vista de forma comum por aqueles que lutam para sobreviver. A maioria das crianças começam a trabalhar com idades entre seis e dez anos de idade
Depois de uma semana cheia de riscos e muito esforço no campo, os fios dourados de sisal vão para os barracões e seguem caminho até as indústrias, onde o cenário muda e, enfim, passa a valer ouro. Mas no campo, onde a história começa, o dinheiro é pouco. O dia do pagamento também é momento de angústia para os lavradores que vivem em situação de extrema pobreza juntamente com a sua família
Wilson Andrade, presidente da Sindifibras, representante de todas as indústrias de sisal da Bahia, conversou com exclusividade para o Repórter Record Investigação. O representante afirmou que a situação de trabalho nas plantações de sisal não é grave, mas no fim da entrevista, não encerra a ligação e admite a grave situação que eles enfrentam. "O esquema é completamente irregular. Não tem registro, o cara trabalha como autônomo", relata.
Acompanhe a nova temporada do Repórter Record Investigação, sob o comando de Adriana Araujo. Toda quinta-feira, a partir das 22h30, na Record TV

O Estado da Bahia é responsável por 96% do sisal brasileiro, considerado "ouro verde do Nordeste", que gera uma fortuna em exportações para o País. Mas, o Repórter Record Investigação mostrou que a riqueza esconde a realidade de miséria e perigosas condições de trabalho para aqueles que vivem da colheita. Confira!

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