“Eu finjo que não para não parecer cafona, mas eu até entendo meu pai, sabia? Como ele é apegado às coisas antigas: tem algo realmente diferente nelas. Como se naqueles tempos tudo fosse mais simples e melhor. Como se as pessoas criassem menos problemas para si mesmas e soubessem o que deveriam fazer, talvez porque valorizassem princípios que hoje são esquecidos — que as minhas amigas não saibam disso.
Meu estilo elas até curtem, mas o meu gosto, interesse e admiração pelos tempos passados elas nunca iriam entender. É realmente difícil explicar por que eu sinto tanta saudade de uma época que eu nem sequer vivi, uma época em que o valor estava naquilo que não se mostrava, e muito menos se postava.
Bom, fora isso, eu queria estar escrevendo uma coisa diferente, queria poder dizer que meu dia foi ótimo, que eu realmente estou tão feliz quanto eu tento aparentar, mas o garoto mais incrível que eu já conheci não é mais meu amigo, e eu ainda tento fingir que está tudo bem.
Eu faço isso na esperança de me sentir melhor ou de ter menos problemas, mas não está dando muito certo. Nem um milhão de seguidores podem substituir o Erick.
É, eu estou começando a pensar que, assim como Dalila, eu não sou merecedora de uma pessoa tão boa quanto ele. O meu maior medo é que o Erick chegue à mesma conclusão."